26 março, 2009

Progressões (não do humor)

É fantástico que sempre que fazemos algo com alguma pessoa em dias diferentes esses dias formam, ao mesmo tempo, uma progressão aritmética e uma geométrica.

24 março, 2009

O advento dos chocalhos

Mais fraco que aquele que fica chocado é aquele que precisa chocar.

23 março, 2009

intérpretes

Não valorizava muito o trabalho de cantores que eram só intérpretes, que não compunham, que não inventavam letras a partir de suas emoções, de suas ideias.
Quando ouvi Como Nossos Pais cantada pelo próprio compositor, o Belchior, vi que esses intérpretes são úteis em alguma coisa, sim.

21 março, 2009

gestantes

A pergunta-chave para quando uma colega diz que está grávida:
- Ao menos sabe quem é o pai?

Pois é, sensibilidade zero. Não sei conversar muito bem com crianças nem com grávidas sobre o filho; não me seria impossível largar uma pérola dessas. (Ou seria...)

19 março, 2009

códigos de disciplinas

Já me orgulhei de os códigos das disciplinas do meu curso começarem com MAT (talvez porque eu faça matemática...). Esse código me parecia matador, MAT nessa tora! Mas se formos analisar, muitos outros têm o seu charme. FIS também tem o seu charme. E se você fizer algo mais humano, HUM pode lhe dar alguma esperança. E se pensar no comportamento, talvez um SOC lhe traga uma diversão para o que faz. QUI nem ENG me parecem atraentes; MED e PSI têm o seu rabicho.
Enfim, um post inútil de uma vida útil.

15 março, 2009

(aproveitando o teu descuido)

Já que posso criar sem ninguém olhar
Posso fazer verso sem rima.
Mas melhor ainda é fazer verso em frase. E sem poesias. Somente o que quero dizer. Fodam-se as formas simples. Isto é mais simples. Não quero ser falso de ocupar muito espaço.
Se você quer a síntese irônica, prossiga (não desista tão cedo, ler está de graça). (Os autores normalmente não dizem que há ironia. Eu digo mas não quer dizer que seja.)

Uma frase
Por menor que seja
Forma um poema
Que é um tantinho idiota
Mas que a EPTC coloca nos ônibus e nos trens da cidade portuária alegre.

Eu preciso desesperadamente escrever

Eu preciso desesperadamente escrever
Quanto mais longo melhor, assim como o cigarro da pior qualidade
Sei que tudo aflora em mim, querendo sair, sem saber as vias
É tão forte como um vulcão de pólvora explodindo, ou até mais
Não há cota inferior para o meu amor, não pode haver
Eu quero tudo, mas em especial eu quero você pra ficar sempre comigo
Tudo, todo o tempo, em qualquer lugar, todos os quantificadores são universais. A quinta letra invertida se encaixa somente quando falo que existe a pessoa com quem viverei todos os quantificadores universais do mundo. E isso foi universal.

Um poço de criatividade.

Talvez eu esteja voltando atrás, mas talvez possamos expressar sentimentos mesmo envolvendo matemática. O que escreverei a seguir eu ainda não sei porque ainda não escrevi, mas de qualquer forma vamos ver o que sai. Qualquer semelhança com a vida real indica que não fui bom em disfarçar, ou em inventar uma história sem me basear em experiências. Mas vamos lá!

Faz um tempo em que te desejo em quase todo o tempo. Talvez em umas horas estive decepcionado com você, mas é praticamente medida zero.
...

É, fico por aqui. Quem sabe numa outra vez fica legal? Hoje estou com vontade de escrever mas pelo jeito não é nada poético, nem nada bom. Bom, vou inventar outra coisa pra criar. Ninguém lê mesmo.

13 março, 2009

Tríade

Vai ver não bebo porque sou muito racionalista, e não quero perder a consciência normal de jeito maneira.

Já se sabe que o amor é irracional. Se ele é algébrico ou transcendente é um problema em aberto.

Ninguém sabe me esculachar tão bem como você.

SETI

O SETI está procurando mesangens alienígenas nos lugares errados. Aposto que se viessem ao meu banheiro ouviriam muita coisa.

12 março, 2009

Molhadinho

Ele sentiu como é bom abraçar
Ainda mais molhado
De tanto chorar

11 março, 2009

Toríbio

Toríbio tinha o corpo fechado. Para multiplicação.

09 março, 2009

Classes do masturbador

Há várias formas diferentes em que é possível se masturbar. Por exemplo, numa vez de pouca imaginação, a solução pode ser, durante ao ato, imaginar se masturbando. Outra possibilidade seria o que chamo de metamasturbação, na qual você imagina que está se masturbando enquanto imagina algo.
Baseado nessas ideias, pode-se pensar em dar ao masturbador graus, ou classes.
A classe 0 seria aquele que simplesmente se masturba sem pensar em nada.
A classe 1 seria aquele que se masturba enquanto imagina alguma cena, ou somente faz uma projeção visual, ou de qualquer forma que se processe dentro da cabeça do praticante.
A classe 2 seria daqueles que se masturbam enquanto imaginam que se masturbam, e este ente virtual imagina algo.
E assim por diante.
Podemos também pensar em classes fracionárias de denominador, o que é um privilégio deste caso; não é sempre que faz sentido. Por exemplo, quem consegue se masturbar e imaginar-se masturbando, mas sem que este ser etéreo imagine algo, é de classe 1/2. Quem se masturba, e pensa que este produto da imaginação se masturba pensando no próprio ato, é de classe 3/2, e assim por diante.
Podemos fazer a classe do infinito, em que pode-se ir adiante o quanto se queira; o masturador é de classe ou grau infinito se é de classe N para todo natural N.
Finalmente, nos perguntamos, o que é um masturbador analítico? Fácil: é aquele tal que em qualquer momento da sua atividade consegue expressar o quanto imagina, o quanto imagina que imagina, e assim por diante, numa série de potências, e esta converge para o verdadeiro pensamento do indivíduo para pequenos desvios de tempo.

07 março, 2009

Amor gratuito

Há aquele trecho na música A Flor, dos Los Hermanos:
"Eu, por final sem meu lugar
E eu tive tudo sem saber quem era eu...
Eu que nunca amei a ninguém
Pude então enfim amar... vai!"
Deve ser fodástico amar e não ser correspondido (embora seja duvidoso amar), mas também ser amado e conseguir o amor por causa de um bom pretendente também não deve ser bom. É uma supressão da personalidade, do conhecer os seus gostos, de sentir. Se já há o amoreco de graça, se perde muito disso. Que é muito.
Por outro lado, olhando o lado bom: além da violência gratuita temos o amor gratuito.

Miss Átomo

Descobri que há um concurso de Miss Átomo, que envolve mulheres que trabalhem com geração de energia nuclear na Rússia. Normal, acontece, olhar o macaco.
Agora, dizer que a terceira colocada ganha uma viagem pra Cuba, a segunda para o Marrocos e a primeiríssima iria para... a Croácia!

Aspas

= são aspas deitadas.

matemáticos sorridentes

Como diz aquele comercial das loterias: não importa se você é sorridente ou matemático, a sorte te trata igual. Ah, tá.

Ato de liberdade

Não posso negar que desistir da faculdade para levar outra vida é um grande ato de liberdade.

Felicidade transformada

Quando, na página inicial do Orkut, você sempre vê a mesma pessoa como visitante recente, você desconfia que a mesma pessoa acessa frequentemente seu perfil: você é querido, interessante.
Quando todo mundo se apresenta assim, o que é o meu caso, tenho que concluir outra coisa: ninguém visita meu perfil; os visitantes são os velhos.

04 março, 2009

O conteúdo do baú de Bocaiuva

Este blog comporta o que não cabe no outro. Por isso só vem merda aqui. Isso só devia ser publicado após a minha morte, só para colecionadores, para completar a obra. Depois que eu tiver fama, dará um lucro a mais à minha família; mas por enquanto só diminuirá meu prestígio. (Morder o chocolate também diminui o prestígio...)

Determinando quem é bom

Afirmar qualquer coisa é fácil. Posso dizer que há muitos bons no mundo, mas que entre eles somente eu consigo realmente ser humilde. É só uma frase, ofensiva ou não.

Mas falando sério agora. Poderia olhar para mim (podia ser outra pessoa, é que sou egocêntrico) e pensar nas minhas virtudes e imaginar-me como uma pessoa boa. Essa seria a maneira clássica de determinar qualidade. Claro, é subjetivo, mas ainda assim é uma maneira.
Uma outra forma seria, em vez de analisar a pessoa pelas caracterísiticas, ver o quanto gostam dela! O quanto ela é aceita, como é sua vida. (Em comparação com probabilidade, esta seria a maneira frequencista. Mas pule isto.)

Disputa no braço

- Nada a ver, o meu é melhor!
- O meu é. Quer disputar no braço então?
- Tá. Par!
- Ímpar! Dois três e já!
- Putz, perdi...

(Baseado em uma brincadeira igualmente sem graça de um colega.)

03 março, 2009

Camisetas gays

Acho muito gay essas camisetinhas com manguinha curtinha, deixando os braços de fora. Prefiro bem mais macho de verdade!

(Essa é uma que até eu deixarei de entender com o tempo...)

01 março, 2009

Consistência

Consistência não é a alma do negócio, com certeza. E isso colabora para eu gostar de consistência.