21 março, 2010
19 março, 2010
17 março, 2010
bênçãos
"Deus te abençoe" é o que você diz pra pessoa quando não tem porra nenhuma pra oferecer pra ela, e espera que ela se contente em ganhar um ticket de algo que nunca vai receber.
gênero definidíssimo
Algumas pessoas são tão ocupadas em serem Homens ou MULHERES que esquecem de serem pessoas.
os sentidos da difusão cultural
Depois de tantos vírus removidos, músicas ouvidas e games jogados (tudo para evitar a repetição de palavras), volto a criar algo. Não é grande coisa, longe disso, mas posso é um processo de criação, de por pra fora, em vez das atividades mais comuns ao computador que consistem em absorver.
Acho que sou um ser bem mais absorvente que de referência. Constatei, com alguma amargura, que não consegui repassar meus gostos culturais para ninguém no ano passado. Nenhuma banda indicada, por exemplo. Não que não tentei, só que rejeitaram o que sugeri. Não sei se meus amigos já se tornaram tão velhos que seu gosto não vai mais mudar e já estão satisfeitos com a cultura (ou pelo menos a "área" da cultura) que tem ou se tenho indicado o certo aos errados, o errado aos certos ou o errado aos errados.
Por outro lado, eu continuei absorvendo o que me sugeriam. Num ritmo mais lento porque a universidade me exige um certo tanto de tempo e de calorias, e tenho um pouco de preguiça mesmo para coisas novas, mas ainda assim continuei conhecendo coisas novas.
Sou uma das pessoas menos formadora de opinião que conheço. As pessoas que concordavam comigo tinham as ideias por si mesmas, não porque argumentei ou sugeri. Não formo escolas, somente me integro às já existentes, ou continuou numa solitariamente. Dificilmente sou o que inicia uma onda para várias pessoas fazerem um projeto juntos (geralmente me disponho a participar e colaborar, mas não consigo motivar as pessoas se a ideia parte de mim, entende?). Tenho alguns projetos de coisas legais e divertidas, mas tenho de executá-los todos sozinho, ou deixar de executar se for necessário haver mais pessoas.
Tudo isso é um tanto frustrante; fico pensando se serei (será) sempre assim.
Acho que sou um ser bem mais absorvente que de referência. Constatei, com alguma amargura, que não consegui repassar meus gostos culturais para ninguém no ano passado. Nenhuma banda indicada, por exemplo. Não que não tentei, só que rejeitaram o que sugeri. Não sei se meus amigos já se tornaram tão velhos que seu gosto não vai mais mudar e já estão satisfeitos com a cultura (ou pelo menos a "área" da cultura) que tem ou se tenho indicado o certo aos errados, o errado aos certos ou o errado aos errados.
Por outro lado, eu continuei absorvendo o que me sugeriam. Num ritmo mais lento porque a universidade me exige um certo tanto de tempo e de calorias, e tenho um pouco de preguiça mesmo para coisas novas, mas ainda assim continuei conhecendo coisas novas.
Sou uma das pessoas menos formadora de opinião que conheço. As pessoas que concordavam comigo tinham as ideias por si mesmas, não porque argumentei ou sugeri. Não formo escolas, somente me integro às já existentes, ou continuou numa solitariamente. Dificilmente sou o que inicia uma onda para várias pessoas fazerem um projeto juntos (geralmente me disponho a participar e colaborar, mas não consigo motivar as pessoas se a ideia parte de mim, entende?). Tenho alguns projetos de coisas legais e divertidas, mas tenho de executá-los todos sozinho, ou deixar de executar se for necessário haver mais pessoas.
Tudo isso é um tanto frustrante; fico pensando se serei (será) sempre assim.
13 março, 2010
a ocupação do dia
Só pra dizer: passei boa parte do dia tirando vírus/trojans/malwares em geral do computador. É, tem coisa muito foda nessa vida, che.
algo diferente
(Hoje vou escrever algo diferente. Você vai ver.)
Estou cansado de escrever sempre no mesmo formato, ou nos mesmos (aqueles que se encaixam nos blogs já existentes). Hoje será diferente, e vai cair aqui por caridade. E pra não manchar nenhum dos outros!
Como eu ia dizendo, eu ia escrever algo diferente. Eu, que ainda não dominei o uso da terceira pessoa para falar de mim como se faz por aí (ah, como eu gostaria de por um link nesse acentinho!), nem omitir naturalmente o pronome.
A matemática me enche de noções e símbolos. Uma vez as manipulações matemáticas eram escritas todas como palavras (mais ainda, como poesia!). Talvez por isso o progresso foi bem limitado, mas pelo menos naquela época havia diversão. Até tentei cantar o teorema de Riemann (que é exageradamente bonito). Pense em I Want To Hold Your Hand:
Let it Ω
subset of C
open simply conex
Let it D
subset of C
the unit circle
Then exists
from Ω to D
a bijection holomorf
a bijection holomorf
a bijection holomorf
Mas não. Os Beatles não fariam sucesso se fosse assim. Pra fazer música precisa ter sentimento, e por maior que seja nossa admiração por um fato tão incrível (se bem que sendo verdadeiro ele é tão incrível como qualquer outro), ainda não é um sentimento.
A música e os textos criativos vem do amor. (Aceite sem demonstração!) Não sei se o que falta é o amor ou se há repreensão. E não sei daonde extrairei. Não quero chafurdar em nada pornográfico (meus eternos preconceitos de "nível"; seria muito baixo e muito fácil, prefiro algo mais puro e elevado), nem em nada perdido que dê em lugar nenhum. Mas como ser criativo se preciso ser, além de objetivo, ter algum objetivo? Bem, pode ser que o o objetivo exista independente de sabermos; nesse caso isso salva? Não sei.
Nunca gostei de foto de olhos. Não há nada especial num olho (prefiro um fractal se for um caso). Mas o que a gente pode fazer pra aparecer? Dizer que gostamos do que é pop ou cult? Por que o cult (ou ao menos o que chamo de cult, e prefiro nem dizer o que é pra ninguém vir me encher o saco depois) é uma espécie de pop para os desolados, que querem ser diferentes, especiais, deslocados do mundo (no mais perfeito exemplo de Caio F.). Vamos nos jogar ao canto e sermos alternativos, zuiá (ouié já é comum!). Bizarrices e hecatrices, ou você não sabia que existe uma carta assim? E o que adianta ser se ninguém sabe o que você é? Isso pra qualquer lado: de correto e eficiente para desolado e esquisito. A divulgação é o que salva, e isso me dói dizer, porque nada adianta ser se não parecer, e além de parecer tem que aparecer. Isso tudo é muito complicado, e justo o contrário do que esperava uma vez, de forma que, se em menos de vinte e quatro horas não joguei minha vida inteira fora, ao menos perdi um bom tempo imaginando algo ideal e que tudo tenderia a uma boa situação; mas não! Parece fortemente que não; a equação da vida é muito mais caótica, é uma EDP bizarra num fractal, cuja solução talvez nem seja contínua. E é assim que a gente tem que encarar, sem orientação nenhuma. Talvez ser adulto seja justamente isso: reconhecer que a vida é uma EDP fodida e intratável.
Cores e aquela ilusão do plástico quando recebe luz: não há mais, ou não mais houve. Só houve estudo de materiais birrefrigentes. É interessante, até, mas buscando por esses fenômenos específicos perdemos um pouco da observação e contemplação dos fenômenos mais comuns e mais difíceis de explicar com exatidão. Daí fica-se sempre na mesma coisa: faz falta um mistério básico.
Em qual arco da Terra o arco-íris passa? Por que eles está sempre na mesma direção e nunca acima? Não sei.
R^4 é o único R^n que tem várias (não enumerável, inclusive!) noções de derivações. Quero me impressionar com isso, mas como faço? E como impressiono os outros? Não dá. Mesmo a verdade mais incrível precisa de requisitos muito fortes para ser percebida (que nem cumpro direito). Enfim, fica o vazio do que é incrível e você sabe que é mas que não te impressiona devido a sua ignorância. Daí ficam as opções de passar adiante (a mais escolhida), tentar entender (a opção mais difícil) ou simplesmente deixar pra lá. Mas como ignorar se o sei, e se quero saber e falar algo bom e impressionar e gostar do que o mundo nos oferece (nem que, como nesse caso, sejam necessários os mais robustos dentes), e no fim fica essa paçoca toda (gosto de comidas com uma forma razoável, não curto tanto as potchecas), e nem vamos falar muito que daqui a pouco entramos no assunto do vômito.
O vômito é um recurso literário legal. Fico impressionado como o Caio F estabelece relações com esse fluido tão... tão... ácido de forma a parecer que um submundo é cool, que estamos perdendo por sermos certinhos e não sofrer tanto, nem se apavorar com as coisas mais banais como Saturno entrando em São João. Poderia tentar fingir que sou um dos seus personagens, mas simplesmente não sou, e principalmente a imagem que os outros têm de mim é do oposto, de forma que mesmo que mude vai demorar tanto pra convencer que não colherei os frutos de ser conhecido por tal (ser conhecido por qualquer coisa já é um fruto doce). No fim, tento me esgueirar pelo estreito caminho de vida que tenho - o que esperam de mim é diferente do que quero me tornar. Isso é complicado, e como sempre eu poderia esquecer e ignorar, não sei se os outros fizeram isso pois não sei se tiveram o mesmo problema. (O problema oposto, de querer fazer coisas bem feitas quando ninguém confia em você, também é o mesmo problema, de forma que aqui identificamos os antípodas e até fizemos um espaço projetivo. Ah, você que entendeu, vai dizer que não é curioso que essa noção emerja aqui?)
Disse que essa postagem seria diferente das outras. Espero que seja mais diferente das passadas (as pegadas!) do que das próximas, porque esse estilo é legal e além disso ele me deixa a impressão de que sou um bom digitador, fazendo um barulho do cão, embora eu praticamente só use os indicadores.
Então, vida nova a esse blog, e menos leitores, quer dizer, pelo menos eles terão de passar por um teste de resistência a chatice e idiotice prolongada para dizer que leram, se bem que eles podem mentir, para o prejuízo deles (que nada, para o lucro! Mentindo, eles obtém melhores resultados de mim, bem ao estilo do livro O Gene Egoísta).
Aliás, que droga mentir levar a bons resultados. Devia ser diferente, mas quem fala aqui é o ideal, totalmente perdido no anel (ah, esses trocadilhos matemáticos são muito cretinos, muito mesmo...).
Só pra não terminar com o trocadilho, me despeço cantando O Passeio Da Boa-Vista.
Estou cansado de escrever sempre no mesmo formato, ou nos mesmos (aqueles que se encaixam nos blogs já existentes). Hoje será diferente, e vai cair aqui por caridade. E pra não manchar nenhum dos outros!
Como eu ia dizendo, eu ia escrever algo diferente. Eu, que ainda não dominei o uso da terceira pessoa para falar de mim como se faz por aí (ah, como eu gostaria de por um link nesse acentinho!), nem omitir naturalmente o pronome.
A matemática me enche de noções e símbolos. Uma vez as manipulações matemáticas eram escritas todas como palavras (mais ainda, como poesia!). Talvez por isso o progresso foi bem limitado, mas pelo menos naquela época havia diversão. Até tentei cantar o teorema de Riemann (que é exageradamente bonito). Pense em I Want To Hold Your Hand:
Let it Ω
subset of C
open simply conex
Let it D
subset of C
the unit circle
Then exists
from Ω to D
a bijection holomorf
a bijection holomorf
a bijection holomorf
Mas não. Os Beatles não fariam sucesso se fosse assim. Pra fazer música precisa ter sentimento, e por maior que seja nossa admiração por um fato tão incrível (se bem que sendo verdadeiro ele é tão incrível como qualquer outro), ainda não é um sentimento.
A música e os textos criativos vem do amor. (Aceite sem demonstração!) Não sei se o que falta é o amor ou se há repreensão. E não sei daonde extrairei. Não quero chafurdar em nada pornográfico (meus eternos preconceitos de "nível"; seria muito baixo e muito fácil, prefiro algo mais puro e elevado), nem em nada perdido que dê em lugar nenhum. Mas como ser criativo se preciso ser, além de objetivo, ter algum objetivo? Bem, pode ser que o o objetivo exista independente de sabermos; nesse caso isso salva? Não sei.
Nunca gostei de foto de olhos. Não há nada especial num olho (prefiro um fractal se for um caso). Mas o que a gente pode fazer pra aparecer? Dizer que gostamos do que é pop ou cult? Por que o cult (ou ao menos o que chamo de cult, e prefiro nem dizer o que é pra ninguém vir me encher o saco depois) é uma espécie de pop para os desolados, que querem ser diferentes, especiais, deslocados do mundo (no mais perfeito exemplo de Caio F.). Vamos nos jogar ao canto e sermos alternativos, zuiá (ouié já é comum!). Bizarrices e hecatrices, ou você não sabia que existe uma carta assim? E o que adianta ser se ninguém sabe o que você é? Isso pra qualquer lado: de correto e eficiente para desolado e esquisito. A divulgação é o que salva, e isso me dói dizer, porque nada adianta ser se não parecer, e além de parecer tem que aparecer. Isso tudo é muito complicado, e justo o contrário do que esperava uma vez, de forma que, se em menos de vinte e quatro horas não joguei minha vida inteira fora, ao menos perdi um bom tempo imaginando algo ideal e que tudo tenderia a uma boa situação; mas não! Parece fortemente que não; a equação da vida é muito mais caótica, é uma EDP bizarra num fractal, cuja solução talvez nem seja contínua. E é assim que a gente tem que encarar, sem orientação nenhuma. Talvez ser adulto seja justamente isso: reconhecer que a vida é uma EDP fodida e intratável.
Cores e aquela ilusão do plástico quando recebe luz: não há mais, ou não mais houve. Só houve estudo de materiais birrefrigentes. É interessante, até, mas buscando por esses fenômenos específicos perdemos um pouco da observação e contemplação dos fenômenos mais comuns e mais difíceis de explicar com exatidão. Daí fica-se sempre na mesma coisa: faz falta um mistério básico.
Em qual arco da Terra o arco-íris passa? Por que eles está sempre na mesma direção e nunca acima? Não sei.
R^4 é o único R^n que tem várias (não enumerável, inclusive!) noções de derivações. Quero me impressionar com isso, mas como faço? E como impressiono os outros? Não dá. Mesmo a verdade mais incrível precisa de requisitos muito fortes para ser percebida (que nem cumpro direito). Enfim, fica o vazio do que é incrível e você sabe que é mas que não te impressiona devido a sua ignorância. Daí ficam as opções de passar adiante (a mais escolhida), tentar entender (a opção mais difícil) ou simplesmente deixar pra lá. Mas como ignorar se o sei, e se quero saber e falar algo bom e impressionar e gostar do que o mundo nos oferece (nem que, como nesse caso, sejam necessários os mais robustos dentes), e no fim fica essa paçoca toda (gosto de comidas com uma forma razoável, não curto tanto as potchecas), e nem vamos falar muito que daqui a pouco entramos no assunto do vômito.
O vômito é um recurso literário legal. Fico impressionado como o Caio F estabelece relações com esse fluido tão... tão... ácido de forma a parecer que um submundo é cool, que estamos perdendo por sermos certinhos e não sofrer tanto, nem se apavorar com as coisas mais banais como Saturno entrando em São João. Poderia tentar fingir que sou um dos seus personagens, mas simplesmente não sou, e principalmente a imagem que os outros têm de mim é do oposto, de forma que mesmo que mude vai demorar tanto pra convencer que não colherei os frutos de ser conhecido por tal (ser conhecido por qualquer coisa já é um fruto doce). No fim, tento me esgueirar pelo estreito caminho de vida que tenho - o que esperam de mim é diferente do que quero me tornar. Isso é complicado, e como sempre eu poderia esquecer e ignorar, não sei se os outros fizeram isso pois não sei se tiveram o mesmo problema. (O problema oposto, de querer fazer coisas bem feitas quando ninguém confia em você, também é o mesmo problema, de forma que aqui identificamos os antípodas e até fizemos um espaço projetivo. Ah, você que entendeu, vai dizer que não é curioso que essa noção emerja aqui?)
Disse que essa postagem seria diferente das outras. Espero que seja mais diferente das passadas (as pegadas!) do que das próximas, porque esse estilo é legal e além disso ele me deixa a impressão de que sou um bom digitador, fazendo um barulho do cão, embora eu praticamente só use os indicadores.
Então, vida nova a esse blog, e menos leitores, quer dizer, pelo menos eles terão de passar por um teste de resistência a chatice e idiotice prolongada para dizer que leram, se bem que eles podem mentir, para o prejuízo deles (que nada, para o lucro! Mentindo, eles obtém melhores resultados de mim, bem ao estilo do livro O Gene Egoísta).
Aliás, que droga mentir levar a bons resultados. Devia ser diferente, mas quem fala aqui é o ideal, totalmente perdido no anel (ah, esses trocadilhos matemáticos são muito cretinos, muito mesmo...).
Só pra não terminar com o trocadilho, me despeço cantando O Passeio Da Boa-Vista.
10 março, 2010
01 março, 2010
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